Finalmente o troféu em casa

Quem conhece o Blog sabe que eu participo do CIRCUITO OSASCO DE POKER desde praticamente o inicio,
Jogando sempre em posição (do lado do barril) na sede antiga (Chico House) e depois migrando pelas casas onde o circuito rodou - Lapa/Alphaville/Tatuapé/Alphaville e outros...

Ganhos/perdemos/ bebemos e principalmente fizemos muitos amigos.

Nos últimos treis anos eu realmente não tenho tempo de escrever no Blog e muito menos jogar com esses amigos tão queridos no Circuito Osasco com regularidade, porem quando consigo dar uma escapadela meto ficha no pano.
Confesso uma frustração - desde que o Circuito criou a premiação garantida e um troféu, eu não consegui uma reta muito boa, fiz algumas mesas finais nessa epoca, mas não tinha ganho nenhum troféu do Circuito.

Finalmente esse jejum acabou, no ultimo torneio de Setembro eu consegui um tempo para poder jogar e qual não foi a minha felicidade de fazer um torneio bem tranquilo e na mesa final poder controlar a ansiedade e chegar em primeiro lugar!




  


Não esqueça os fundamentos


Eu estava jogando um heads-up contra um oponente que havia me proporcionado uma disputa razoavelmente boa. Eu tinha uma liderança de 2-1 em fichas com blinds altos quando ambos fomos all-in – A-9 para mim, K-5 para ele. Flopei uma trinca de noves, e recompensei meu bom oponente com um “gg” no chat – prematuramente, no final das contas, pois ele acertou um straight runner-runner para dobrar e se manter vivo na disputa. Mas o negócio foi o seguinte: Ele não estava mais lá!

Ele ficou tão claramente enojado ao ver meus três noves que simplesmente saiu da mesa, e não voltou mais. Acabou sendo engolido pelos blinds, e eu ganhei a partida contra um adversário que começou respeitável e terminou dando “sit out”. Veja bem, eu entendo o ponto de vista dele. Ele achou que estivesse derrotado – sabia que estava, de forma muito prática – e não quis ficar para ter que suportar o inevitável. Eu simpatizo com este sentimento. Todos nós simpatizamos. Quem quer ficar para sofrer? Só que tal reação emocional irracional nega uma verdade fundamental do poker: O jogo só acaba quando termina. Não importa o quanto ele tenha se sentido magoado, ele ignorou o senso comum – esqueceu um fundamento – quando foi embora, me dando uma vitória sem disputa.

Isso me lembrou de todos os outros fundamentos que por vezes ignoramos no calor da batalha, e me fez pensar que poderia ser uma boa hora para revisar alguns deles. Você pode chamar isso de “boa higiene do poker”, e deveria ser algo automático, natural de qualquer jogador que se considere um vencedor, porque no poker, atualmente, há muitos jogos razoavelmente acima da média, mas você não consegue ter sucesso no ar rarefeito do... digamos... poker-arte a menos que esteja prestando atenção nos fundamentos.

Eis algumas coisas que eu espero que você não tenha perdido o hábito de fazer:
Espere para ver suas cartas: Quando as cartas são distribuídas, há uma grande tentação de ver o que você recebeu e formular uma estratégia para sua mão. O problema é o seguinte: damos informação desse jeito. A menos que você tenha 100% de certeza que é 100% à prova de tells (e não tenha, porque você não é), torne hábito esperar até que seja sua vez de jogar para olhar para suas cartas. Desta forma, você nunca arrisca dar informação àqueles que falam antes de você.

Olhe para a mesa: De forma similar, nem todos os jogadores contra quem você joga terão uma higiene de cartas tão boa. Torne hábito olhar para a mesa toda vez, para ver o que consegue perceber em termos de intenções de seus oponentes. Quem está pegando fichas? Quem está virando suas cartas em direção ao muck? Quem parece estar prestes a dar raise? Você nem sempre estará correto em sua análise destas ações, mas se não olhar, está se negando informação que é oferecida em todas as mãos de forma gratuita.

Nunca olhe para o flop: Os jogadores fazem isso o tempo todo, e eu morro de rir: eles ficam extasiados e atenciosos enquanto o dealer vira o flop, focados intensamente nas cartas e calculando de forma instantânea o impacto que o flop terá em suas mãos. Eles nunca olham para os outros jogadores! Para mim, isso nunca fez sentido. Afinal das contas, o flop ainda estará lá daqui a cinco segundos, mas as efêmeras reações de seus oponentes terão desaparecido. E eu sei que é possível argumentar que bons jogadores não dão esse tipo e informação, mas será que todos os seus oponentes são tão bons assim? Ao olhar para os outros jogadores em vez do flop, você no mínimo remove todo o risco de entregar sua própria reação às cartas, e como isso não seria um bom fundamento?

Vá às compras: Tanto no mundo real quanto online, temos uma abundância de escolhas, mas ainda assim frequentemente nos contentamos com o primeiro assento que fica vago. Se você não está buscando ativamente a melhor mesa com os oponentes mais fracos, está desperdiçando uma oportunidade contínua de lucro. Ao tomar a decisão de jogar em uma mesa menos do que otimizada, é como se estivesse se comprometendo a jogar cada mão de forma menos do que otimizada.

Pense antes de agir: Tome um tempo para fazer cálculos básicos de pot odds e odds de cartas. Mesmo que você saiba que a decisão é óbvia – você tem um fold claro, não tem que se explicar – nunca faz mal rever a matemática básica da situação. Um benefício é que esta prática melhora sua habilidade de fazer estes cálculos às pressas. Outro benefício é que você elimina mais uma tell – a chamaremos de tell do piloto automático –, erradicando a diferença entre o jeito que você se comporta quando sabe o que vai fazer e quando não tem tanta certeza.

Elimine as distrações: Quer você esteja jogando em casa, onde o telefone pode tocar, ou um e-mail pode chamar sua atenção, ou em uma cardroom com telões de TV e garçonetes formidáveis (e bebidas formidáveis!), é muito fácil se distrair enquanto joga poker. Desnecessário dizer, isso diminui sua habilidade de colher informação de seus oponentes e jogar seu melhor e mais focado jogo. Sempre traga sua melhor atitude de “aqui e agora” para o jogo. Se você não consegue fazer isso, provavelmente não deveria jogar.

Monitore sua mentalidade: Se você está jogando bem, reconheça que está jogando bem, e continue fazendo isso. Se você está tiltado, ou acha que está prestes a tiltar, levante-se e saia da mesa. Em todos os casos, preste atenção em como você se sente. Como se pode notar, tanto na mesa de poker quanto fora dela, “Ninguém lhe machuca tanto quanto você mesmo”. Só você pode saber se está com a mentalidade certa para jogar poker – mas se não estiver prestando atenção, nem você saberá isso.

Esta lista, como bem sabemos, pode continuar infinitamente. Não jogue quando estiver passando mal, zangado ou bêbado. Não perca mais em uma sessão do que pode razoavelmente esperar ganhar na próxima. Não deixe os outros jogadores lhe irritarem. Preste atenção ao tamanho dos stacks. Conheça a estrutura da mesa ou do torneio no qual você está jogando. Tudo isso é fundamental, e tudo isso é crucial. Por ser tão fundamental, você pode achar que já entende há muito tempo, e não precisa revisar agora. Eu poderia até concordar com você, se não tivesse acabado de ganhar uma partida contra um oponente que cometeu o fundamental erro de sair da mesa antes de a partida terminar. Ele me deu dinheiro de graça, e não importa o quão esperto, enganoso ou habilidoso ele possa ter sido como jogador de outra forma, ele não pode esperar ser um ganhador se consistentemente, ou mesmo ocasionalmente, fizer isso. ♠

John Vorhaus é escritor profissional e autor de livros de poker. Ele pode ser encontrado no ciberespaço no endereço radarenterprizes.com

O Grande Pavor do AA



Texto de Andre Aakkari profissional do Pokerstar Team.




Muitos acham que é fácil jogar a melhor mão do poker, mas poucos o fazem direito.

Resolvi desta vez escrever de uma particularidade técnica do game que pode se resumir ao medo que muitos jogadores têm de ganhar. É isso mesmo, parece estranho, mas acredito que a maioria dos jogadores, na maioria os iniciantes e intermediários, têm de saber lucrar na hora certa, saber ganhar grandes potes, e um caso que demonstra isso com toda a clareza é o medo de jogar a melhor mão do poker, o AA.


Vamos partir de alguns princípios básicos que envolvem o poker profissional:

- Você não deve se apegar a nenhuma mão como se fosse a vida ou a morte do seu torneio. Para o profissional, saber jogar os adversários é o lado lucrativo do jogo e, se você consegue fazer isso com perfeição, você pode simular quatro pares de Ás a cada 10 minutos.

- Existem diversos momentos em um torneio – momentos de abandonar uma mão e minimizar o prejuízo, momentos de fazer pressão nos adversários, principalmente na questão financeira (bubbles de ITM, bubbles de mesa final) e também momentos de lucrar – todo jogador de poker tem que ter prazer neste momento, e não medo.

- O profissional joga apenas as condições psicológicas, matemáticas e técnicas do jogo. Sorte, azar, discussões sobre software e coisas do tipo não devem fazer parte da rotina de um profissional, ou seja, de alguém que decidiu dedicar sua vida e a de sua família aos caminhos do poker. Tendo colocado estes princípios básicos, até ridículos, mas que precisam ser lembrados, vamos ao fato.

Como jogador de poker, você vai sempre procurar situações em que a matemática do jogo lhe favoreça ou, quando isso não acontece, que sua habilidade de simular uma situação matemática diferente fale mais alto, ou seja:

Você está no meio da mesa, três posições depois do Big Blind, em uma mesa completamente tight, onde ninguém joga mãos marginais, e você tem 55, blinds 500-1.000, ante de 100. Você tem 34.500, resolve apostar 2.700. Justa a sua atitude, já que você está em mesa tight, a cada volta o pote tem 2.400 e não há nada mais justo do que você atacar os blinds com 55.

O jogador no Small Blind paga a sua aposta, para sua surpresa, pois normalmente a mesa roda em fold, e automaticamente você o coloca em alguma mão de valor, como um 66, 77, AQ... Com menos do que isso, ele largaria e, talvez, com mais do que isso, ele voltaria a aposta, pelas características daquele jogador. Não precisamos saber o flop, apenas quero fazer uma pergunta para depois podermos falar sobre o AA.

Você vai jogar esta mão como se realmente tivesse um 55, ou você vai jogar esta mão como se você tivesse um AA? Se a sua resposta foi "jogar como 55", saiba que você vai lucrar em aproximadamente 20% das vezes, na melhor das hipóteses. Se a sua resposta foi "sim, sou macho, vou tentar ler o meu oponente no flop e, se perceber algum tipo de fraqueza, jogo esta mão como se fosse um AA." Parabéns, você será lucrativo na maioria das mãos jogadas desta maneira. Em resumo, da segunda forma, você transforma uma situação matemática adversa em uma situação matemática positiva, pelo seu fundamento técnico (leitura, posição, etc.), mas principalmente pela vontade de ser lucrativo e pela coragem de encarar a mão como ela deve ser encarada.

Porém, existem situações em que a matemática joga totalmente a nosso favor, e a melhor destas situações é o AA. O objetivo principal desta coluna não é fazer com que você jogue um AA como se fosse 55, e sim que jogue o AA como deveria.


Regras básicas para jogar o AA:

1- Temos que entrar no pote procurando o melhor caminho para lucrar o máximo da situação matemática favorável.

2- Temos que tentar trazer ao pote o menor número de pessoas possíveis, para que nossa situação matemática continue francamente favorável, porém, sem afastar todo o mundo da jogada.

3- Se o objetivo é o título, os deuses do baralho lhe deram a chance ao entregar aquele AA; portanto, não coloque desculpas como bubbles e coisas deste tipo para jogar o seu AA de forma equivocada. Jogue o AA como merece algo que lhe dê 80% de chance de ganhar e só vá aparecer de novo daqui a mais de duzentas mãos.

4- Trace sua estratégia com as informações que você tem na mesa. Caso sua estratégia falhe, esteja preparado para largar o AA como se ele fosse um 72off, mas não minta para você mesmo, não sinta medo e nem fale que a sua estratégia falhou, como desculpa. Analise realmente todas as informações e, aí sim, jogue o seu AA fora.


Vamos a alguns exemplos práticos:

Você tem 56.000 fichas e está jogando um torneio de alto nível técnico, como o US$ 100 com rebuys do PokerStars. Você está no Big Blind, vem jogando tight até aquele momento e sabe que a sua imagem para a mesa é a de um jogador sólido. Os blinds estão 500-1.000 e você olha um belo e formoso AA. No cut-off, uma posição antes do dealer, está o Andy McLeod com 70.000 fichas, um jogador famoso do mundo online, com muita habilidade, mas com uma agressividade fora do comum. Ele dispara um bet de 3.000.

Com a sua imagem tight, diversas atitudes podem jogar o seu AA no lixo:

- Voltar nele 3.000 + 6.000 é como assinar o seu AA na testa. Ele, sabendo como você está jogando até aquele momento, já vai estar com o fold clicado.

- Voltar nele 3.000 + 10.000 significa que você irá ficar com 43.000 para trás. Esta seria uma opção melhor que a anterior, mas mesmo assim arriscada. Com sua imagem tight, ele deve largar a mão. Caso ele acredite que te voltando all in você ainda possa largar, esta opção pode funcionar. Entretanto, eu só faria isso se tivesse de 65.000 a 80.000, para dar certeza a ele de que eu não pagaria um all in dele, com 70.000.

- Voltar all in nele seria uma atitude somente aceitável se você estivesse jogando um estilo mais loose e, principalmente, se o roubo de blind dele já viesse de uma seqüência de outros três ou quatro roubos dos seus blinds anteriores. Caso contrário, você estaria jogando o seu AA fora.

Estas opções seriam aquelas em que você definitivamente estaria correndo riscos de jogar o seu AA pela janela, em algumas mais e em outras menos, mas seria perigoso de qualquer forma. Vamos à melhor opção para esta situação:

Apenas call. Jogar heads-up contra um jogador ultra-agressive como este é a melhor forma de você tirar o máximo de lucro naquela mão, rezando ao máximo para que ele acerte alguma coisa no flop ou que, pelo menos, ele ache que você não acertou, para que no continuation bet dele de 10.000 você consiga se mover de forma a lucrar mais fichas do que apenas os 3K pré-flop.

Se um jogador ultraagressive acertar um top pair no flop, no heads-up, fica muito complicado para ele abandonar a mão, e isso será altamente lucrativo para você.

Outras situações nas quais você deve lucrar o máximo que conseguir com AA são mãos onde a ação já vem antes de chegar a sua vez, com mais de uma pessoa no pote:

Você está no dealer, com AA, o UTG +1, ou seja, o segundo jogador a falar, com blinds 500-1.000, aposta 3.000, e fica com mais 50.000 para trás. Ele é um jogador ultra-tight, só apresentou mãos fortes até o momento. O cut-off, a sua direita, aplica um re-raise para 9.800 e fica com 90.000 para trás. Este é de um estilo agressivo, adepto aos re-raises préflop, com posição, para tomar o comando do pote. Qual seria a sua atitude, tendo AA e 60.000 fichas?

Se você voltar all in, tem que rezar para que o primeiro jogador tenha KK, QQ ou, na pior das hipóteses, um AK. Qualquer coisa fora isso, o fold vai ser instantâneo. Por que eu disse "rezar para o primeiro ter algo"? Simplesmente porque, na verdade, sobre o segundo jogador você já tem a informação de ser ultraagressivo e familiarizado com re-raises pré-flop, as chances dele foldar são enormes, vendo que você veio over the top em cima do bet do UTG+1, que é ultra-tight. Qualquer jogador que venha de all in over the top, em cima de um bet de um jogador tight nas primeiras posições, é como se estivesse anunciando no Jornal Nacional que está com AA.

Se você voltar algo, como "tudo 20.000", a coisa talvez fique ainda pior – é o famoso "vem cá, minha nega", como dizemos na gíria do poker. É uma declaração, com firma reconhecida, do seu AA. Ou seus adversários vão foldar mais rápido que as McLaren este ano ou eles são realmente bem ruins de baralho.

Novamente, a melhor opção seria o call, no re-raise do agressive. Optaria por esta ação e torceria para que o jogador tight tomasse um de dois caminhos: o primeiro seria ele voltar all in over the top, o que ficaria maravilhoso para mim, já que as chances do segundo foldar são grandes e eu entraria de AA pré-flop contra uma mão grande e dominada, provavelmente AK, KK ou QQ do UTG +1; ou então que o UTG+1 foldasse pré-flop. Desta forma, eu estaria jogando apenas contra o agressive e, em posição privilegiada, seria uma bela oportunidade para o acúmulo de fichas pós-flop. As chances dele continuar querendo comprar o pote pós-flop são gigantes depois do re-raise aplicado pré-flop.

Vocês repararam que, em todas as situações, procurei achar a forma mais lucrativa para jogar o AA, sem medo nem preconceito, apenas querendo tirar o maior proveito de situações em que a matemática está ao meu lado, sem que precise simular uma matemática positiva.

Obviamente vem na cabeça de muitos situações como aquelas quando o oponente, com 88, acerta o 8, pois tentei lucrar mais com AA; ou fui fazer slowplay e o adversário acertou dois pares no flop. Isso não importa!

Com o tempo, você vai conseguir desenvolver sua habilidade de leitura de adversários, tanto online quanto live, que te levarão a identificar situações complicadas, e saberá largar qualquer tipo de mão em qualquer tipo de flop. Mas, antes disso, você deve desenvolver com excelência a capacidade de lucrar, sem medo!


Artigo de André Akkari, profissional do Pokerstars






Alguns movimentos depois do flop



Muitos ja leram o basico de com quais mãos entrar no jogo, aumentando ou chamando para ver o flop.
O que muitos não praticam é o pós flop, o que fazer depois de abrir as 3 primeiras cartas na mesa.

Deixo aqui alguns movimentos e seus "nomes" no meio do poker:
- VALUE BET

- CONTINUATION BET

- PROBE BET

Vamos falar de cada um deles

- VALUE BET
Não há nada de misterioso ou especial em uma "value bet" ou APOSTA POR VALOR. Ela é apenas o que parece ser, uma aposta cujo objetivo é o adversário dar call com uma mão inferior (quando acreditamos ter a melhor mão). Por exemplo, você começou com duas cartas boas (AK) antes do flop. O flop lhe ajudou de alguma maneira (K,7,2), e agora você tem uma mão que acredita ser a melhor, como um top pair. Como você deve proceder?

Não é necessário ser muito esperto aqui. Você geralmente não faz slow play, a não ser que possua um monstro. Apenas aposte forte com o seu top pair e espere que alguém com a segunda melhor mão pague as suas apostas. Varie suas apostas entre a metade do pote e o pote inteiro.

- CONTINUATION BET
Uma "continuation bet" é uma aposta feita após o flop pelo jogador que abriu raise (agressor) no pre-flop. O nome se deve ao fato de que a ação é uma continuação da jogada anterior. É uma aposta muito importante, a qual você tanto usará quanto enfrentará no decorrer de torneios.

Para uma aposta ser qualificada como "continuation bet", as seguintes condições precisam estar presentes:

1- O jogador que faz a aposta é o mesmo que deu raise no pre-flop;
2- Depois do flop, nenhuma aposta foi feita ainda;
3- O jogador que faz a aposta não melhorou o jogo com o flop.

Nessas circunstâncias, o jogador que disparou a aposta no pre-flop pode considerar fazer uma continuation bet, mesmo que o flop não o tenha ajudado.

Quando você faz essa aposta, você está obviamente querendo ganhar o pote neste momento. Embora o flop não tenha sido favorável, o seu oponente não sabe disso ainda. O flop pode não ter ajudado ele também. Como você demonstrou força antes do flop, o seu oponente provavelmente assumiu que você tinha uma mão melhor do que a dele e, se o flop não o ajudou e você aposta agora, será natural para ele largar a mão.

Seguindo o Exemplo anterior com alterações:
você começou com duas cartas boas (AK) antes do flop e aumentou 3bb. O flop não te ajudou(T,7,2), e agora você efetua uma aposta de 1/2 pote. Mesmo não acertando nada no flop, acreditamos que o nosso adversario tambem não se beneficiou com esse flop e na MAIORIA das vezes ele irá largar aqui.

Uma continuation bet é como um semi-blefe. É uma jogada que pode funcionar de diversas maneiras. Você pode ter a melhor mão e aumentar o valor do pote. Você pode ter a pior mão, mas consegue fazer o oponente correr. E, mesmo tendo a pior mão com o seu oponente dando call corretamente, a aposta pode fazer com que ele dê check no turn, fazendo com que você ganhe uma free card e melhore sua mão.



Por fim a
- PROBE BET

Uma "probe bet" é parecida com uma "continuation bet", mas é feita quando você não é o agressor antes do flop, e este não apostou depois do flop. Uma "probe bet" lhe dá a chance de ganhar o pote imediatamente, mas também ajuda a definir a sua mão, forçando o raiser a jogar (fold, call ou raise). Dependendo da resposta do oponente, você terá uma idéia clara de como jogar a sua mão.

EX: Voce tem um par medio (77/99) e paga o aumento de 3bb do jogador o flop vem (Q, 2, 5)então o jogador que começou aumentando da Check...

Neste momento, uma probe bet é apropriada. Você deve ter a melhor mão agora, pois o board mostra apenas uma over card para o seu par. Se você não tem a melhor mão, você precisa descobrir isso o mais cedo possível. Se você der check também, não terá nenhuma informação sobre a sua situação. Então, faça uma aposta de $200. Você poderá ganhar o pote ou terá uma idéia muito melhor de onde está na mão.

A probe bet pode ser um pouco menor que a continuation bet, pois você está começando de uma posição mais fraca (foi o seu oponente que abriu com um raise pre-flop). Assim, uma aposta de 30% a 50% do pote é um bom valor.

Você também pode fazer uma probe bet no turn ou no river. Você pode, por exemplo, abrir com um raise pre-flop, dar check no flop, e fazer uma probe bet no turn.

Jogando dessa maneira permitirá a você analisar melhor a mão (se o seu oponente cooperar) antes de comprometer suas fichas.

Espedro que voce tenha gostado e possa colocar em pratica esses movimentos em seus jogos...

Abs.

Antunes

Verdades Básicas Sobre AK

Texto publicado em : Cardplayer






Você provavelmente acha que sabe jogar com A-K, e provavelmente sabe, mas nunca á demais revisar algumas verdades básicas. Aqui estão oito delas:

1. AK é um draw. Não se trata de um par alto. Não se trata sequer de um par pequeno. Não é uma mão favorita numa disputa contra um par. Isso significa que, muitas vezes, especialmente em multi-potes, você precisa melhorar para ganhar. Qual a probabilidade disso? Presumindo que sua mão esteja na disputa, você conseguirá no mínimo um par no flop cerca de 30% das vezes. Isso não é muito, mas pare e leve em consideração que, se acertar um par, será o top pair com top kicker ou… o top pair com top kicker. Isso significa que você precisa conseguir isso para ganhar com A-K? Não necessariamente. Afinal, há várias outras maneiras de ganhar no hold’em além de mostrar a melhor mão. Você pode fazer a melhor aposta, por exemplo. Isso nos leva a…

2. AK é um grande porrete. E você deve agir de acordo. Não tenha medo de fazer grandes aumentos pré-flop com A-K. Se alguém pagar, você será levemente não-favorito (contra um par médio) ou um grande favorito (contra um ás pior ou algo como K-Q do mesmo naipe). A única vez em que você fica em apuros é quando se depara com um par de ases ou reis. Contra todas as outras mãos, você está em boa ou ótima situação, além de poder ganhar sem uma batalha. Portanto, se estiver contra alguém que você acha que está empurrando com um par médio, empurre também com A-K. É melhor que ele não pague, mas, se pagar, sua mão está no páreo.

3. AK adora pagar alguém que aumenta em posição. Como A-K é um draw e não uma mão pronta, você precisa tomar cuidado ao fazer grandes reaumentos com ela. O tipo de mão que pode pagar grandes reraises é algo do tipo A-A e K-K e, é claro, A-K se dá mal contra essas mãos. Mas vários tipos de mãos podem aumentar e continuar a apostar no flop, incluindo bons ases, flush draws e pares na mão até a parte de baixo do baralho. Portanto, se você apenas pagar em posição com A-K, se dará bem com uma grande variedade de flops. Obviamente, você conduzirá o jogo quando o flop lhe der o top pair com top kicker, mas também será capaz de blefar quando o flop só trouxer lixo.

4. AK é um perigo numa guerra de raises. Lembre que A-K não é um par alto e pense bem antes de gastar muitas fichas pagando aumentos e reaumentos. Suponha que você abra aumentando, alguém volte reraise depois de você e alguém empurre outro reraise depois dele. O que você acha que eles têm? A não ser que eles sejam completos maníacos, você está diante de pares altos. E mesmo que não esteja diante de A-A ou K-K, você pode facilmente estar diante de Q-Q e J-J, que fazem de você não-favorito em 2-1. No melhor dos casos, você está diante, digamos, de A-Q e 10-10. Seria bom enfrentar A-Q, mas não quando 10-10 também está presente, pois seria preciso virar para cima dos dez, e não pode contar com um de seus outs. Essa é uma consideração em geral ignorada por AK: quando uma guerra de raises tem inicia, você provavelmente não está tão bem na competição como imagina.

5. AK é uma ótima mão para um estoque pequeno. Se você chegou ao ponto em que sua vida no torneio corre risco (menos de 10 big blinds, digamos), você adoraria receber A-K, e deve empurrar seu estoque para o meio. Por quê? Porque você verá as cinco cartas e, vendo todas as cartas, pode acertar um par em até 60% das vezes. Além disso, se você estiver com tão poucas fichas em um torneio, mãos muito piores irão pagar — talvez até Q-J ou J-10. E se ninguém pagar? Melhor ainda. AK adora ganhar sem uma batalha.

6. AK é uma boa mão para um estoque grande. Se você estiver em uma posição dominante quanto ao número de fichas em um torneio, A-K é uma excelente mão para ir à guerra. Por quê? Porque, quando jogadores pagarem all-in, é menos provável que eles tenham A-A ou K-K e, portanto, mais provável que você seja um modesto não-favorito ou um grande favorito. Digamos que você faça um grande aumento com A-K. Um jogador em perigo paga com 8-8 (um pagamento razoável para um pequeno estoque). Sim, ele é favorito, mas não muito. Se derrotá-lo, você o elimina. Mas se ele lhe derrotar, não lhe fere tanto. A-K e grandes estoques se dão bem em coin-flips.

7. AK é uma mão péssima para um estoque médio. Se você estiver em um torneio com um estoque médio e pegar A-K, pode querer empurrar. Essa é uma tendência razoável, pois A-K é uma mão de qualidade. Mas, se alguém pagar, em especial um jogador agressivo ou perigoso, e você não se beneficiar com o flop, você pode se encontrar em uma situação de obrigação. Será preciso fazer uma continuation-bet que essencialmente será um blefe (já que você, nesse momento, não tem uma mão de verdade); ou pedir mesa e pagar, na esperança que o oponente esteja blefando; ou pedir mesa e desistir, abrindo mão das fichas que colocou no pote. Nenhuma dessas alternativas é atraente. Estoques médios são, de certo modo, vulneráveis. Eles não são grandes o suficiente para assustar as pessoas do pote, nem pequenos o suficiente para empurrar tudo. Então, se for jogar com A-K e um estoque médio, aumente para isolar, mas aja com cautela se não bater nada no flop.

8. Não vale a pena falir com AK. Não em torneios e especialmente não no início, quando o ganho potencial em fichas é pequeno, mas o risco potencial — de ir à falência — é grande. Economize suas grandes jogadas com A-K para mais tarde no torneio, quando os antes e blinds forçarem mãos menores a entrar no pote. Como diz Scotty Nguyen: “Eu sou eliminado com reis, ases: A-K não significa nada. Eu não vou permitir que A-K me leve à falência”. E se isso funciona para Scotty, funciona para nós.

John Vorhaus é autor da série de livros Killer Poker. Ele reside no cyberespaço em vorza.com, e na blogsfera em somnifer.typepad.com. Foto de John Vorhaus: Gerard Brewer.

Detalhes que fazem a diferença



Artigo do Jogador e escritor Leo Bello



"Quando escrevi este artigo eu estava em Punta Cana, República Dominicana, onde jogamos um torneio promovido pelo Tower, que gerou um prêmio de U$230.000.



Esta viagem foi incrível pela beleza do local: sol todos os dias, praias belíssimas e águas cristalinas acabaram me trazendo uma experiência que percebi ter sido fundamental para meu crescimento como jogador de poker, e que PRECISO dividir com vocês. Acreditem: foi a chave para o meu desenvolvimento e que se permitir entender este ponto, estará dando um grande passo para seu próprio sucesso.

Em meio a todas as oportunidades aqui, resolvi fazer um curso de mergulho. Meu amigo, Igor Federal, fez um há menos de três meses. Sempre gostei do mar, mas nunca tive a oportunidade de fazer um curso desses. Aqui no Princess Bavaro, hotel do Tower Torneos, existe uma escola especializada em SCUBA (Self Contained Underwater Breathing Aparatus) Diving conhecida mundialmente, a PADI. Fiz o curso chamado Open Water Diving, que garante o certificado de aptidão para mergulhar sozinho.

O que isso tem a ver com poker? Já chego lá.

Primeiro dia.


Recebo um livro e me mandam ir para o meu quarto e estudar os três primeiros capítulos.

Eu pergunto: - Mas quando mergulhamos? Vamos ver algum navio afundado?
Resposta: - Leia os três primeiros capítulos.

Segundo dia.

Chego todo animado para aula e pergunto onde vamos mergulhar. Então o instrutor, em vez de me levar até a praia, me conduz até a piscina.


Chegando lá, pede para eu nadar 200 metros por baixo d’água e para boiar. Depois inicia uma série interminável de exercícios bobos, como colocar e tirar a máscara de mergulho, sentar no fundo da piscina, aprender sinais com as mãos como: “ok”, “estou bem”, “estou com frio”, “acima” e “abaixo”...

Depois de duas horas, saímos da piscina e ele me manda estudar os capítulos 4 e 5, e voltar no dia seguinte.



No outro dia fomos ao mar e ele me deixou em uma profundidade de, no máximo, 3 metros – e repetimos os exercícios da piscina. Depois fiz alguns testes e assisti a um vídeo.

Só depois de todas essas atividades, um mergulho de verdade. Ao mergulhar, veio a sensação: “como é fácil”. Estou respirando bem, me sentindo bem, aprendi a descomprimir a pressão nos ouvidos, me movimento com facilidade e uso bem o equipamento. Em resumo, penso, “que moleza, mergulhar...”

Agora, como começamos a jogar poker? Aprendemos as regras vendo na televisão ou através de um amigo e, como é um jogo fácil, começamos a praticar sozinhos. Não lemos livros, não estudamos, não temos ninguém nos ensinando. Vamos praticando e pegando alguns conceitos aos poucos. Porém, vamos nos envolvendo a cada dia mais com este esporte fascinante.

Durante dois dias o professor de mergulho me ensinou como respirar – algo que faço desde que nasci. Ensinou também como me movimentar enquanto submerso – coisa que faço desde os 5 ou 6 anos de idade. Ensinou como me virar sozinho em um mergulho... Em resumo, me ensinou coisas muito básicas, que qualquer leigo acha que sabe. Só que, nesse caminho, me mostrou que, para fazer coisas fáceis, vários detalhes eram importantes.

No poker, os detalhes transformam você em um vencedor. Muitas vezes precisamos nos educar: ler e aprender onde erramos. Estudar o jogo para descobrir o porquê de alguns jogadores serem campeões e repetidamente estarem nas mesas finais, enquanto outros dependem de sorte para conseguir chegar uma vez ou outra.

Quando encontrar uma barreira no seu crescimento no poker, volte a estudar o básico. Na maioria das vezes, a resposta está lá!

Um exemplo de como o detalhe faz diferença. Eu e Leandro caímos do torneio em Punta Cana quando tínhamos um stack considerável e, se ganhássemos a mão, estaríamos entre os líderes do torneio naquele momento.

Ele tinha AK e, após aumentar do button, recebeu all-in do big blind, que tinha A-10 e chamou.

Eu, com AQ, após subir do meio da mesa, recebo all-in do big blind, que tinha AJ e chamo.

No river, um 10 eliminou Leandro, e um Valete me eliminou.

Cadê o detalhe que faz a diferença?

Leandro foi eliminado em 24º, quando tinha cerca de 240.000 fichas e os blinds já estavam 12000/24000. Eu fui eliminado antes do 100º lugar, quando os blinds estavam 500/1000 e eu tinha 40.000 fichas, e a média não passava de 18K.

Chamar um all-in com AK no final de um torneio ou chamar no início, quando era absolutamente desnecessário, é a diferença.






Para ser um bom jogador é preciso se educar e aprender que existem momentos nos quais determinada ação é correta – e outros instantes em que a mesma ação é um erro!



Nunca se esqueça de que, muitas vezes, a chave para as vitórias no poker está em reaprender o básico.






Saber fazer o feijão com arroz bem feito.

GAP - A importancia da posição e do conceito






Excelente artigo publicado na Revista Cardplayer escrito pelo sempre preciso CK.

Para se entender bem o Texas Hold´em, é fundamental conhecer o conceito de GAP. Se você ainda não sabe o que é isso, aqui vai uma rápida explicação:


um bom jogador abrirá a jogada com raise com uma grande quantidade de jogos; mas pagará um raise com uma quantidade muito menor. A diferença entre os jogos que ele abrirá com raise e não jogará contra um raise já imposto por outro adversário é chamado de gap.

Neste artigo quero analisar uma circunstância comum, envolvendo pares baixos, que muitas pessoas me perguntam como jogar e que realmente apresentam situações difíceis de saber qual a melhor decisão a ser tomada.

Suponha um torneio multi-table em estágio “intermediário”. Um jogador short-stack na posição do meio da mesa empurra all-in (5x o big blind) e o big blind, que está large stack, paga com 2-2.

Não vou negar que eu já considerei esse call correto, mas depois de ler e estudar mais sobre o conceito de gap, vou dizer por que não considero essa a melhor jogada.

Primeiro, vamos entender a razão pela qual o jogador com muitas fichas deu call:

• Ele achava que seria uma situação de coin flip, em que o par de dois seria favorito por uma pequena margem, contra quaisquer overcards.
• Ele sabia que o jogador não tinha muitas fichas e não sairia “machucado” ao arriscar nessa situação, já que se encontrava numa situação confortável no torneio.
• Ele estava tentando eliminar da disputa um jogador com poucas fichas, o que sempre é bom.

Não considero que essas três razões sejam suficientes para fazer com que esta jogada possua eqüidade positiva. Vejamos:

• Cerca de 60% das vezes ele estará num coin flip contra duas cartas acima, ganhando esta disputa aproximadamente 51% das vezes, contra o range de cartas que um jogador em middle position que entra de all-in sendo o short stack.

• As outras 40% das vezes, ele se verá contra um par mais alto, com menos de 20% de chance de vitória. Essas duas situações geram a seguinte estatística: (.6*.51) + (.4*.19) = .382 = 38,2%.

• Os pot odds na situação, por causa dos blinds naquela altura do torneio, geravam esse valor aproximado de 38%. Isso faz com que o call seja matematicamente correto, mas esse cenário não pode ser analisado apenas através de uma visão exata ou matemática, e eu já cometi esse erro muitas vezes!

• A grande questão aqui é muito mais simples do que todos os cálculos que mostrei acima, pois a eqüidade para o jogador ganhar o torneio não aumenta de forma considerável se ele vencer esta mão; em contrapartida, a eqüidade cairá muito em caso de derrota.

“Mas, e o valor de se eliminar um jogador, não conta??” Lembre-se de que estamos ainda no meio do torneio. Se estivéssemos num momento mais decisivo, este argumento seria extremamente válido.

Esse é o grande dilema dessa situação, já que a linha que separa o erro do acerto é muito tênue para o restante da jogada, sendo bastante difícil de criticar.


Pense sempre assim: as fichas que você arrisca são sempre mais valiosas do que as fichas dos outros jogadores. Sabe por quê? Porque você sabe muito bem o que fazer com elas! É assim que pensam os grandes vencedores!

Como foi o Cruzeiro da Tower

Abaixo o video de 7 minutos demonstrando o que foi o maravilhoso torneio da Tower.


A partir do 6:21m tenho os meus 30 segundos de "fama" ...entrevistado pelo Tevis!!


Foi demais, agora em busca do pacote de Punta Cana...


Veja esse e outros videos no link: Clube do Tower



+ um Movimento - O FLOAT


O FLOAT

Muitos ja leram sobre isso nas revistas e blogs especializados, mas o que é e quando aplicar, eu ainda não havia lido com tanto detalhe, por isso replico aqui no blog o material retirado no forum do 4bet.


Texto longo ... Mas vale a pena pois, estudar sempre é duro e rentavel!!


Karl Mahrenholz nos explica os motivos para aplicar esse movimento em torneios No-Limit e as formas certas e erradas de se fazer isso


Nesta série, eu explicarei o float e lhe mostrarei o quanto ele pode ser lucrativo e efetivo se usado em torneios No-Limit. Falarei sobre a estratégia e identificarei os pontos chaves que nós precisamos identificar antes de aplicar essa jogada. Eu finalizarei essa análise do artigo e irei considerar algumas contra-estratégias efetivas.


Então o que é o float?

O float normalmente é descrito como uma jogada avançada, que é usada para expulsar pessoas com mãos melhores do pote.

Na realidade, não existe nada de complexo nisso e a dificuldade real está em estabelecer os momentos corretos e errados de se fazer isso.


Um float envolve pagar um aumento antes do flop em posição, e então quando vocês jogarem o pote heads up, você paga a aposta contínua do seu oponente com uma mão marginal com o plano de ganhar o pote no turn quando seu oponente pedir mesa.



PRIMEIRA PARTE

Obviamente há diversas razões para se fazer essa jogada, saber que seu adversário irá pedir mesa no turn e desistir da mão, mas é nesse momento que nossa habilidade entra em jogo para identificar os momentos certos de aplicar essa jogada.

A jogada inteira é baseada nesse princípio, muitas vezes em situações de heads up, nem você tão pouco seu adversário irão acertar o flop de forma boa. Não é apenas o jogador que acertar suas mãos marginais que sairá vencendo, mas também o jogador que reconhecer essas oportunidades e tirar vantagem.


Quando eu considero fazer essa jogada, existem alguns fatores os quais eu preciso levar em consideração.


FATORES PARA APLICAR O FLOAT


01 – JOGADORES NO FLOP

A primeira coisa que eu devo fazer é ver se eu estou em uma oportunidade contra apenas um jogador. Obviamente, a menos que você esteja no big blind e enfrentando um único aumento onde todos os outros jogadores desistiram você não pode se garantir que mais ninguém irá entrar na mão. Mas isso não deve nos preocupar. Nós não estamos pagando um aumento antes do flop com a única intenção de aplicar o float no flop, nós estamos pagando o aumento com uma mão com um potencial significativo de acertar o flop.


É apenas depois do flop que a idéia do float começa a entrar na sua cabeça. Pós-flop, a presença de mais jogadores no pote existem muitos propósitos. Primeiramente, você não pode aplicar o float no jogador que aumentou originalmente, se tiver uma ou mais pessoas para agir após você.


Em longo prazo, o dinheiro extra que você perde em situações aonde você paga e então alguém após você aumenta, lhe forçando a desistir, irá diminuir drasticamente a lucratividade dessa jogada.

Existem algumas exceções para essa regra, por exemplo, quando você tem alguma dica de que seu adversário para agir após você está inclinado a desistir de mão, neste caso você pode usar essa jogada que ela ficará bastante disfarçada.


Dito isso, a presença de outros oponentes no pote adiciona uma nova dinâmica que você deve levar em conta, o quão frequente o jogador que aumentou antes do flop irá apostar no flop contra diversos oponentes caso ele não tenha acertado algo realmente bom?

Enquanto alguns jogadores continuarão aplicando a aposta contínua em situações como essas, a presença de mais oponentes restringi o range de mãos o qual ele irá aplicar uma aposta contínua no flop.


Por essa razão, especialmente jogadores menos experientes, você não cometerá muitos erros se você nunca tentar essa jogada em um pote que você não esteja heads up no flop.


PONTO CHAVE

Seja muito cauteloso em aplicar o float em potes com muitos jogadores exceto que você tenha uma leitura muito grande de que o jogador após você irá desistir da mão, na maioria das vezes pagarmos uma aposta contínua em um pote com vários jogadores é uma jogada negativa em longo prazo.


02 – TIPOS DE OPONENTES

Você deve pensar bastante sobre o tipo de jogador no qual você irá tentar aplicar essa jogada. Esse pensamento não deve vir durante a mão, e sim já deve estar pensado.

Você deve olhar para mãos aonde você já o enfrentou, e em mãos que você apenas o observou. Você está procurando por jogadores que não aplicam o second barrel – jogadores que fazem a aposta contínua no flop, assim como eles aprenderam que deveriam fazer, mas eles ficam perdidos caso não tenham algo bom no turn e acabam desistindo.


Assim como observar como os jogadores jogam suas mãos, existem algumas frases que podem lhe ajudar a identificar possíveis bons alvos para aplicar o float. Frases como Por que um As aparece o tempo todo e eu nunca acerto um AK. Isso diz respeito a jogadores que não enxergam muito além de suas cartas.


Tente achar esses jogadores que estão esperando acertar o flop para continuar na mão. Esse tipo de jogador weak-tight será muito lucrativo para se aplicar o float. Na teoria, jogadores muito agressivos podem ser bons alvos para se aplicar o float, pois eles irão apostar em muitos flops não tendo nada em mãos. Após você ter mostrado que irá pagar as apostas, isso irá fazê-los apostar menos em mãos futuras, tornando assim mais fácil para você enfrentá-los. Eu digo em teoria, porque nem todos os jogadores agressivos são iguais.


Eu gosto de classificá-los em bons agressivos e maus agressivos.

Os bons agressivos são bons jogadores de pôquer que pensam. Sua agressividade tem uma lógica por detrás. Eles são experientes e compreendem as várias contra estratégias que as pessoas geralmente irão empregar contra eles, e de fato já desenvolveram modos de se defender.


Em contrapartida, existem os agressivos ruins.

Eles são agressivos, pois eles ouviram que é assim que se deve jogar. Eles são agressivos, entretanto em algumas situações onde eles realmente deveriam ser agressivos, eles não são. Eles não são jogadores que pensam de forma inteligente e estão menos inclinados a entender o que está acontecendo.


Devemos considerar que os bons jogadores estão esperando para fazer certas jogadas. Eu discordo da teoria que você deve fazer essas jogadas contra bons oponentes que pensam. Na prática esses jogadores que pensam, estão aptos a identificar os jogadores capazes de fazerem esses movimentos e lhe darão menos crédito, enquanto outros jogadores irão pensar que você realmente tem boas cartas.

Acontece muito frequentemente quando eu decido pagar uma aposta contínua de um jogador e desistir no turn, e eu me deparo com um comentário como “eu sabia que você estava me aplicando o float”.


Eu prefiro me concentrar em jogadores que pensam menos. Um que opere em um nível de pensamento um pouco mais baixo e tende a lhe dar um pouco mais de crédito por essa jogada.


PONTO CHAVE

Não tente aplicar o float muito frequentemente contra bons jogadores agressivos que irão antecipar a jogada. Concentre em jogadores que tem um nível de pensamento um pouco mais básico que lhe darão crédito por uma mão.


03 - SUA IMAGEM NA MESA

Como qualquer outra tentativa de blefe, antes de executarmos essa jogada, nós temos que considerar nossa imagem, de acordo com a pessoa que nós tentaremos blefar. Ele já nos viu blefando nessa mesa? Nós temos histórico suficiente com essa pessoa de outros torneios? Se a resposta a essas perguntas é sim então provavelmente é melhor você esperar por uma mão contra um outro oponente e então aplicar suas técnicas.


Seja flexível na mesa, em vez de ir para o torneio com um plano pré-definido. Se você receber algumas mãos boas e jogá-las devagar “representando um float” quando você tem valor no showdown, então essa é a oportunidade para ganhar credibilidade para seus atuais floats. Se o seu oponente perceber que você está apto a apenas pagar apostas com mãos do tipo o maior par, eles estarão menos inclinados a apostarem em rodadas futuras.


Outro ponto para se ter em mente de acordo com a sua imagem é as mãos que você já mostrou no showdown. Isso não significa blefes que já tenham sido vistos, mas as suas mãos atuais. Se o seu oponente sabe que você é o tipo de jogador que irá pagar algumas mãos antes do flop com um grande número de mãos especulativas, você pode representar mãos com credibilidade quando aumenta das primeiras posições e é pago pelo botão e o flop é 3c-6s-7h. Não é algo para se tentar contra jogadores que venham jogando muito tight pré-flop, especialmente bons jogadores.


SEGUNDA PARTE

Na 1º parte sobre float, comentamos sobre alguns fatores que devem ser considera-dos quando aplicamos esse movimento. Nesta segunda parte, completaremos a análise antes de comentarmos algumas contra estratégias.


Podemos começar analisando quais mãos necessitamos para aplicar o float. Já que não queremos chegar ao showdown, sua mão real não tem importância. Mas essa lógica não inclui o fato de que algumas vezes seu oponente não irá foldar para sua aposta no turn.


Se tentarmos selecionar as ocasiões onde nossa mão tem ao menos certo potencial, podemos dar de frente com uma grande mão de nossos oponentes, e então ser capazes de achar um gutshot obscuro que ninguém seria capaz de achar.

Claro, esta jogada deve ser feita quando a maioria das condições for favorável, mas refinar sua escolha de situações pode adicionar lucros adicionais ao longo prazo.


Quando optar pelo float, você deve levar em consideração o tamanho da aposta de seu oponente no flop e se o pote lhe oferece um preço justo para a jogada.


Tipos de Flop

Um dos fatores finais que devemos analisar é a textura do flop apresentado. Se por um lado não devemos nos importar com que mão temos, devemos estar atentos à que mãos representamos para nossos oponentes quando tentamos aplicar a jogada.


Um smooth call tem significados diferentes em diferentes tipos de flop.

Por exemplo, se você paga uma aposta no flop J(c) 9(c) 6(d), não é irracional achar que muitos oponentes estão nos enquadrando em um range de draw. Embora isso seja bom, caso o turn complete um possível draw, muitas vezes isso não acontecerá. E nesse caso, seu oponente estará menos inclinado a largar a mão.


Por essa razão, pense na textura do flop para decidir se vai ou não aplicar o float. Um flop seco como J(s) 2(c) 2(h) ou K(c) 8(d) 4(h) dá uma chance de sucesso muito alta, devido a força que um flat call nesse tipo de bordo passa.


Frequência

Agora que temos ciência sobre esta jogada, devemos tê-la em nosso arsenal. Porém, não devemos abrir fogo de forma insensata, caso contrário sua efetividade será muito prejudicada. Devemos ter ciência de que o conhecimento sobre o float hoje em dia é muito difundido.


A maioria dos jogadores intermediários tem conhecimento dela, e todos, menos os jogadores mais básicos, notarão o abuso do movimento em pouco espaço de tempo.Use o movimento de forma balanceada, não só para evitar levantar suspeitas em seus oponentes, mas também pela alta variância da jogada.


Dependendo do nível de blinds, você estará arriscando uma boa fatia de seu stack, e não poderá falhar muitas vezes. Após pagar o aumento pré-flop, você pode pagar dois terços do pote e uma aposta no flop.

A credibilidade ganha através do uso de jogadas criativas como essa aumentará sua taxa de sucesso significantemente.


Defendendo-se de um Float

Mencionamos o conhecimento desta técnica pela maioria dos jogadores, por isso, muitos tentarão usá-la contra você. Mas não tema, pois para cada estratégia, há uma contra estratégia.


Ao enfrentar um oponente em particular pela primeira vez, mesmo que tudo indique que ele pode estar em um float, você deve dar a ele o benefício da dúvida.

Preste atenção no tipo de jogadores contra os quais eles supostamente estão aplicando o float. Os alvos de seus oponentes são os mesmos que os seus?


Após algumas jogadas suspeitas, ou caso seu oponente chegue a um showdown nessa situação, você poderá definir se este oponente usa ou não o float em seu jogo.


Estratégia Contra-Float

Se a jogada é baseada na aposta de seu oponente no turn, devido a fraqueza que você demonstra no flop, há algumas formas de contra atacar.


A primeira é a mais intuitiva, e é a de seguir no flop e também na aposta no turn, mesmo que você não tenha uma mão. Esta é uma solução preventiva, para que seu oponente não complete o float.

A maioria dos jogadores vai foldar para esta aposta no turn, uma vez que a fraqueza que eles esperavam não se materializou. Se você for pago aqui, é mais provável que seu oponente tenha acertado algo, e você estará em uma situação complicada no river.


Se tivermos um draw no bordo e ele for completo no river, você provavelmente terá de aplicar check-fold. Se o draw não for completo, você estará em uma situação complicada, caso veja o river sem nenhuma mão.Você pode aplicar uma third barrel, mas isso será totalmente baseado nas suas leituras.


Se o flop for seco e o river não mudar muito isso, você pode considerar desistir, já que é bem provável que seu oponente pague mais uma aposta.


A segunda opção é o check-raise no turn. Ela não visa prevenir o float, mas sim se aproveitar dele. Mesmo que seu oponente não esteja realmente em float, você estará aplicando tanta pressão sobre eles que é provável que eles foldem todas as mãos, exceto as mais fortes.


A grande vantagem dessa jogada é que você ganha uma aposta extra, e também dá um aviso à mesa, dizendo que seu “check” não é um sinal de fraqueza.

Claro, nem sempre é tão simples. Se dermos de cara com uma mão muito forte, perderemos muito dinheiro.

Sendo assim, o ponto chave é usar essa defesa de forma bem seletiva. Reserve-a para um jogador que você tem certeza que usa o float.


Nossa próxima opção é o check-call na aposta do turn de nosso oponente.

Para essa jogada, você precisa de uma mão com força de showdown. Ajuda ter conhecimento sobre as tendências de seu oponente e saber se ele atirará novamente no river.

Esta jogada é mais efetiva contra jogadores fracos com tendência para desistir quando pagos, já que não lhe darão muitas dificuldades com decisões no river.


Prevenindo o Float

A última contra estratégia que irei comentar é preventiva. Nela você remove o estágio intermediário do float causando uma falha na continuation bet no flop. Isto serve para confundir alguns oponentes, que ficarão se perguntando se você flopou uma mão muito forte. Quando você dá check no flop, seu oponente dará check behind ou apostará.

Se ele der check, então uma continuation bet atrasada no turn plantará essa semente na mente de seu oponente, e ele foldará com medo de uma armadilha.

Além disso, você pode realmente formar uma mão no turn com uma carta grátis.


Se seu oponente apostar no flop, você tem as mesmas opções que acima: Check raise ou check call.

Um check raise aqui mostra muita força e geralmente irá lhe dar o pote, assumindo que você não abusou desta jogada e acabou tirando sua credibilidade.

Se sua mão tiver boa força de showdown, você pode dar check call e reavaliar no turn, tentando fisgar um blefe.


Nenhuma dessas jogadas deve ser usada exclusivamente, mas se mixarmos o jogo suficientemente, nossos oponentes direcionarão seus floats contra jogadores mais inexperientes na mesa.

Reconstrua a jogada e pense...


Galera,
Estamos de volta, sorry mas meu micro entrou em parafuso e estava usando o Notebook para twittar ...

Agora que retornamos, trago um artigo muito interessante para você pensar...e recontistuir sua mão antes da ação:


Você já imaginou no que alguém está pensando exatamente quando ela aparentemente demora uma eternidade para tomar uma decisão durante a mão? Ainda que alguns de nós profissionais gostaríamos que você acreditasse que estamos simplesmente "vasculhando suas almas", o que nós realmente estamos fazendo é extremamente simples e básico, ainda que isso seja um pouco contra-intuitivo se comparado com o que usualmente se pensa sobre poker.

Antes de fazer uma análise de cima a baixo, quando estamos cuidando de decisões em alguma mão de poker é muito proveitoso que se pense de trás para a frente. O que eu quero dizer com isso é, que se você estiver diante de uma decisão difícil, você precisa reconstruir a mão e sua ação do início até o momento da sua decisão de modo a utilizar cada ação tomada para restringir as possíveis mãos dos seu oponente. Com um pouco de experiência e algum raciocínio, é bem assombroso o quanto você pode ficar bom na leitura de mãos se conseguir simplesmente adotar essa forma de raciocínio.

Esse processo mental não é apenas importante para se tentar descobrir o que o seu oponente pode ter mas, se estiver jogando contra um oponente pensante, pode utilizar tal processo na sua própria mão para determinar se um blefe poderá funcionar.
Tal análise se aplica a todas as formas de poker mas irei me valer de 2 exemplos de "cash-game" para ilustrar minha linha de raciocínio. Na primeira mão de um jogo $5/10 No-limit Hold´em cash-game no Pokerstars, eu tenho QJ no botão. Um jogador em "middle-position aumenta para $30, eu pago e os dois blinds largam. Acabei de me sentar na mesa e não tenho qualquer leitura desse oponente.

O flop traz KcJc7h.

O vilão nesta mão aposta $45 e eu apenas pago para tentar utilizar da minha posição no turn para obter mais informação do meu oponente e conseguir tomar melhores decisões nas próximas rodadas de aposta.

O turn traz apenas um inocente 3d. O vilão pede mesa e eu também. O river traz um 5s.
O bordo é Kc Jc 7h 3d 5s e meu adversário repentinamente aposta $200? Ao invés de confiar nos meus instintos ou tentar descobrir exatamente o que tal aposta quer dizer naquele momento, eu começo do início, rodada por rodada, para tentar descobrir a gama de mãos do vilão.

Antes do flop o vilão aumentou em "middle position". Isso não nos diz muito mas, como não foi de uma "early position", não devemos dar crédito para uma mão forte e, como não foi de "late position", não devemos colocá-lo em situação de roubo. Nesse momento pode-se colocá-lo numa mão média a forte.
No flop, nosso oponente fez uma "continuation bet" padrão, o que não quer dizer necessariamente nada. Ele pode ter acertado ou pode ter apostado para tentar levar o pot ali mesmo. Eu poderia ter aumentado aqui mas o bordo possuía tantos draws que eu acreditei ser melhor pagar e ver qual seria sua reação no turn e então reavaliar a situação.
Conseguimos uma informação importante no turn. Quando o vilão pede mesa, é muito difícil colocá-lo em qualquer mão forte. Com duas cartas para sequência máxima e duas cartas de paus, qualquer um com uma mão grande faria uma bela aposta aqui para proteger sua mão dos draws. Quando ele pede mesa acho que podemos restringir sua gama de mãos. Ele pode ter um draw, algo como Q-10, 10-9, 9-8, ou AQ, ou qualquer draw para flush de paus. Ele também pode ter uma mão fraca com A-J, A-7, T-J, um K fraco, ou até mesmo a mesma mão que eu, Q-J.

Então, quando o river traz uma carta que não preenche quaisquer dos draws do bordo e ele aposta $200, eu reconstruo a ação de todas as rodadas anteriores na minha cabeça, assim como fiz no parágrafo anterior, percebo que, das mãos que eu listei, estarei na frente contra a grande maioria delas e pago a aposta. O vilão mostra Ac Tc para uma queda para gaveta que não foi completada.
O resultado dessa mão não é o que importa mas o processo mental que levou à decisão. Se meu oponente tivesse mostrado Kc 10s, o call não teria sido menos correto.

Dessa forma, quando você estiver envolvido na mão, você deve analisar o que acontece, primeiramente dando ao seu oponente uma gama de mãos e, depois, tentar reduzir essa gama de mãos com base nas ações do adversário. Então, se você se encontrar perante uma decisão difícil- especialmente no river, quando é o último a agir - gaste seu tempo e tente reconstruir a mão desde o seu início.

Para o segundo exemplo vou mostrar como utilizei este método de raciocínio contra um jogador sólido para construir um blefe bem sucedido. Nessa mão eu tenho 8c 7d no botão num jogo $5/10 No-limit Hold´em cash-game no Pokerstars. Um jogador sólido e conservador entra de limp em middle position ao pagar $ 10, e eu aumento para $ 50 a fim de representar que tenho uma mão forte e tentar ganhar o pote antes mesmo do flop e, caso contrário, ganhá-lo após o flop.

O flop traz Ks Ts 4d. O vilão pede mesa, eu faço uma aposta(continuation bet) de $70 e ele paga. Nesse momento, eu percebo que estou provavelmente batido. Tal bordo pode ter favorecido muitas das prováveis mãos do meu oponente e eu não tenho qualquer mão e nem sequer um draw.

O turn traz um 4c e o vilão pede mesa. Eu peço mesa também, essencialmente desistindo da mão na maioria das vezes. Minha ação preflop poderia indicar muita força para esse jogador conservador e quando ele paga minha aposta no flop eu realmente acredito que ele possui uma mão razoavelmente forte.

Quando vem o river, entretanto, traz uma Qs. O vilão aposta $50. Contra um oponente criativo eu poderia pensar numa armadilha mas, contra esse adversário que joga de maneira conservadora eu realmente acredito que ele realizou uma "blocking bet" por medo de sofrer um blefe. A Qs completaria muitos draws no bordo e, ao apostar no flop e pedir mesa no turn, percebi que poderia ter representado um draw ao aceitar a carta grátis, e meu aumento preflop poderia fazer o vilão pensar que eu teria quaisquer dessas muitas mãos de draw.

Aumentei para $ 225 e, após pensar um pouco, o vilão passou e me perguntou se eu poderia bater KQ.
Ao reconstruir essas duas mãos, desde o seu início até o final, no river, eu pude ganhar dos potes que eu não poderia ter vencido se eu tivesse pensado apenas na ação do meu oponente no river.

Uma palavra de precaução aqui é que essa metodologia não se dá bem contra oponentes que não são capazes de pensar nas mãos de uma maneira lógica. Tentar essa espécie de move numa mesa 25₵-50₵ vai lhe trazer problemas com freqüência pois seu adversário não pensa bem o suficiente para alcançar o que você estará representando; eles apenas sabem que têm 2 pares, então eles pagarão.

Da próxima vez em que você estiver numa mesa e se encontrar perante uma decisão difícil, tente reconstruir a mão desde o começo até o final. Você poderá se surpreender com o quanto poderá aplicar bem tal conceito e também com quanto mais de dinheiro poderá fazer


Eric "Rizen" Lynch

Da serie – Sit in go – o que você faria? Blinds Baixos - AJ


Da serie – Sit in go – o que você faria? Blinds Baixos

Blinds em 30/60 10 jogadores no torneio

Sua mão: você (1830 fichas) tem AsJc no hijack.
Ação até você: A mesa rodou em fold até o loose (2.200 fichas) à sua direita que da um raise para 140 fichas.

Pergunta: Fold, Raise ou Call?

...

Resposta: Fold.


Vamos discutir aqui as 3 possibilidades: Fold, Raise ou Call

Reraise :
O reraise aqui é uma jogada agressiva, mas não a melhor.
Você não deve buscar potes grandes com mãos medíocres quando em Blinds Baixos. Se um oponente qualquer aplicar um outro aumento em cima do seu, você terá que dar fold, se você for pago, você ainda perderá todas as suas fichas no flop se conseguir uma das suas cartas, mas o oponente segurar AK ou AQ. Mesmo que todas a mesa de fold e você ganhe o pote pré-flop, 210 fichas extras ajudam, mas não valem o risco.

Call:
O call aqui da ao oportunidade de ver um flop com uma boa mão se ninguém à sua frente não aplicar um reraise.
O problema de jogar AJ é que torna-se uma mão perigosa pós flop. Se o seu oponente estiver segurando AK ou AQ (mãos consistentes para o aumento dele) muitas das suas fichas irão embora se um As aparecer no flop.
De fato é assim que vários jogadores fracos são eliminados em 9° ou 8° lugar no Sit, conseguindo a segunda melhor mão.
Mesmo com um flop de cartas baixas e um Valete, (ex: 7s, 4d, Js) que te da uma mão forte, podemos considerar a situação do seu oponente também estar segurando um par (QQ,KK,AA...mais improvalvel) e suas fichas todas estão perdidas.
Evite essas situações durante o jogo com Blinds Baixos.

Fold:
Pelo processo de eliminação, já definimos que o fold é preciso nessa situação.
AJ é uma boa mão quando sua pilha de fichas esta pequena em relação aos blinds, ou se você é o primeiro a aumentar em posição media ou final. Quando os blinds estão pequenos e já há ação antes de você, crie o habito de descartar essas mãos e se salve de ficar em 8° no torneio.




Case baseado no livro SNG de Collin Moshman, editado pela editora Raise em portugues

Da série – Sit ´n go – O que você faria ? Blinds Baixos - 99


Blinds em 30/60
10 jogadores no torneio

Sua mão: você (1850 fichas) tem 9s9c no SB.
Ação até você: Um jogador entrou de limp em MP.

Pergunta: Fold, Raise ou Call?

...

Resposta: Call.
O raise aqui terá que ser na casa de 300 fichas para tentar desencorajar os adversários, uma vez que seremos o primeiro a falar após cada rodada essa ação fica meio desprotegida. Prefira o call, considerando manter o pote pequeno e já que o raise não ira ganha-lo imediatamente, a situação fica mais fácil pós flop.Assim se conseguirmos um nove no flop, ótimo. Se 3 cartas baixas aparecerem, temos uma boa mão e se aparecerem overcards, podemos largar o pote.

Ação: Você da Call, e o big blind (2100 fichas) loose-passive pede mesa.
Há 3 jogadores e 180 no pote.

FLOP: Jc, 6s, 2s.

Pergunta: Check ou Bet?

...

Resposta:.
Check, apostar é razoável. Mas o pote é pequeno e se seus oponentes não fugirem da aposta você estará fora de posição onde o BB ou o Limper podem ter um Valete.

Ação: Você pede mesa, o BB também, o limper aposta 90.

Pergunta: Fold, Raise ou Call?

...

Resposta: Fold.
Você tem boas odds(3-para1) com o que pode ser a melhor mão, mas o pote é pequeno, é pouco provável que você melhore caso estiver perdendo e ainda temos o BB para falar que pode dar um raise aqui, portanto caia fora.

Case baseado no livro SNG de Collin Moshman, editado pela editora Raise em portugues

Da série – Sit ´n go – O que você faria ? Blinds Baixos - AK


O que você faria ? Blinds Baixos

Blinds em 30/60

9 jogadores no torneio.

Sua mão: você (2.000 fichas) tem AsKc em MP3.
Ação até você: Dois jogadores entram de limp e você dá um raise para 200.
O Small e o Big dão fold. O primeiro limp (2020 fichas) paga.
O Segundo limp da fold, estamos em dois jogadores e o pote tem 550 fichas.

FLOP: Kh, 8s, 2d
Ação: Seu oponente pede mesa.

Pergunta: Check ou Bet?

...

Resposta: você faz um Bet de 200, ele paga.
Há dois jogadores e 950 fichas no pote.

Turn: 7d
Ação: Ele pede mesa.

Pergunta: Check ou Bet?

...

Resposta: você faz um Bet de 500, pelo valor ...ele vai all in!

Pergunta: Call ou Fold?

...

Resposta: CALL
Indo pro turn você tinha 1600 fichas e ele cobriu. O Pote é de 950+500+1600 = 3050, e lhe custam 1.100 fichas para pagar. Então suas chances são algo em torno de 2,5 e 3-para-1, tendo top pair e top kicker.
É possível que estejamos derrotados no momento (contra uma trinca de dois em particular), mas você não pode abandonar uma mão tão forte, contra um só oponente em um pote tão grande e que te oferece boas chances.


Cuidado nessas pegadas onde você você se sente mal e acaba foldando, são folds como esse que te deixam curto, tiltado, e em duas ou tres mãos depois você acaba caido do SIT de qualquer forma, ai vai pro twiter dizer que é azarado...Faça as contas e se resolveu jogar seu AK e bateu de frente com uma trinca, bolas para frente, abra outro SIT e vamos pra cima...


Case baseado no livro SNG de Collin Moshman, editado pela editora Raise em portugues.

Poker online – Saiba todas as vantagens de jogar poker online



Olá pessoal,


O Poker online é atualmente um dos tópicos mais comentados nas rodas de amigos, no trabalho, na faculdade, no boteco. A popularidade aumenta a cada dia no Brasil e em Portugal há cada vez mais aficcionados. Todos os dias surgem notícias de feitos alcançados pelos jogadores brasileiros e portugueses. Jogar poker online hoje está acessível a todos e é bastante vantajoso. Você pode jogar a partir do conforto do seu lar e a qualquer hora. Mais ainda, as salas de poker online inundam os novos jogadores com promoções e bônus que jamais encontraríamos num casino tradicional. Quando você joga poker online, o seu dinheiro vale mais. Existe até a possibilidade de se tornar um perito, jogando gratuitamente, sem arriscar o seu dinheiro. Pode ainda participar de torneios grátis, sentindo as emoções dos eventos de poker online e obter a desejada experiência. Isto é fantástico porque possibilita o contato com a realidade do poker online sem gastar um tostão.

Com o crescimento do poker online é muito fácil jogar em qualquer lugar. Existem centenas de salas de renome que lhe dão o melhor do poker. Os jogadores que começam agora a interessar-se pelo poker podem iniciar visitando algumas das salas mais importantes como Everest Poker e Titan Poker. Em ambas as salas encontrará várias vertentes do poker como o Texas Hold’em e o Omaha, mas existem muitas mais. Estas salas de poker online estão preparadas para receber milhares de jogadores. Algumas chegam a ter em horas de maior tráfego cerca de 50 mil jogadores online. O poker online protagoniza ainda histórias de sucesso como é o caso de Joe Hachem que já ganhou mais de 10 milhões de dólares e tudo começou com o poker online.

O universo do poker online não se esquece dos jogadores experientes e profissionais e estes podem começar a experimentar outras salas menos conhecidas mas que, de forma a cativar estes jogadores, oferece igualmente bônus interessantes e promoções especiais. É o caso da sala Poker 770.
O mundo do poker online está disponível para todos. Se você fala português e deseja aprender a jogar poker online em português então OnlinePokerInfo é o site indicado para você. Trata-se de um guia de poker online para principiantes e peritos no poker. Encontrará artigos de qualidade que lhe darão uma visão detalhada sobre as regras e estratégias a seguir. Poderá também ver as análises completas das diferentes salas de poker e os respectivos comparativos. Toda a informação sobre torneios e promoções especiais está lá e é atualizada regularmente. Este portal disponibiliza ainda códigos de bônus exclusivos que lhe permitem jogar grátis. OnlinePokerInfo tem à sua disposição as notícias mais importantes e perfis detalhados dos mais relevantes jogadores da atualidade.


Mais dicas

Galera,
como estou entrando em ferias e sem postar muito, estou compartilhando com vocês aqui alguns endereços eletronicos que eu visito e leio.

Esse aqui ja é velho de estrada, mas as vezes o trabalho dele é tão bom que eu me pergunto porque eu insisto em escrever (hehehe) :

http://querosershark.blogspot.com/

Aqui um achado, eu realmente não sabia que ele estava escrevendo um blog, até ele passar aqui no meu espaço e deixar uma mensagem, dai foi moleza, entrei no perfil e descobri esse seu blog novinho, ainda cheirando a tinta, mas que por sua sabedoria e conhecimento, vai passar muita informação...se você tem o habito de passar no meu blog e ler, pare agora, acesse o endereço abaixo e comece a ler o BLOG DO DEXX... O cara é fera e assina uma coluna na Cardplayear...pouco?

http://andredexx.blogspot.com/

Agora se você esta começando no mundo do poker, o Andre Akari esta de blog novo no UOL e promete a partir de 04/01/11 iniciar uma serie de artigos bem basicos, para os novatos, não perca...

http://aakkari.blog.uol.com.br/

portanto voce não tem desculpas de conhecer pouco de poker ...
Abs.

O Pagador


O pagador do Poker é o jogador que acredita sempre.


O que fazer com estes malas que não largam mão alguma e que por vezes se tornam extremamente impertinentes até chatos sortudos e nos fazem escrever no twitter que pooker é sorte...?

Quando você joga com AQs e sai um Flop tipo Qj3, você faz uma aposta e o calling station do seu lado da call, no Turn ou River aparece um 3 , você continua a atirar e ele da raise... não é um impulso, não é bluff... o mala tinha o 3. Pare de xingar a figura no chat e de uma ajustada no jogo...

Este jogador pode passar despercebido em mesas com muita ação mas torna-se extremamente importante identifica-lo, em especial se ele estiver à sua esquerda caso contrário irá dar mais trabalho e vai bater com + frequência o teu top-pair ou over-pair com dois pares ou outras mãos mais horriveis como runner runner straight ou flush. É ainda totalmente NÃO recomendado fazer apostas com overcards (tipo Ak ou AQ) pois o jogador vai acompanhar com quase toda a certeza sendo bastante provável que nos acabe por bater, quer porque já tenha feito algo no flop - ainda que medíocre - quer porque tenha vindo a conseguir algo entre o turn e river. O bluff puro e duro também não funciona até porque este jogador passa 99% do tempo a pensar na sua mão e 1% do tempo a pensar na eventual mão dos restantes jogadores da mesa. Nada o assusta...

Este jogador vai acompanhar praticamente com qualquer coisa seguindo esta psicologia: se ele tem algo, estará sempre à espera de melhorar para dois pares ou trinca; se não ele tem nada mas está com cartas decentes (por exemplo AJ) ficará até ao river à espera de acertar numa das suas cartas e na esperança dessa mão ser suficiente para nos bater. Estar batido ou estar em franca desvantagem são preocupações demasiadas que não costumam aflorar o seu espírito atento e concentrado em não perder uma oportunidade que seja de ganhar uma mão.

Tenho certeza que este tipo de jogador é capaz de passar mal a noite inteira se tiver foldado uma mão em que teria feito dois pares ou trinca no turn ou no river. Mas o mesmo individuo não ficará minimamente perturbado se perder 3 dezenas de mãos de forma estúpida e patética à espera de melhorar uma mão medíocre.


Os calling stations não querem perder oportunidades de ganhar mãos. O objetivo é ganhar o máximo de mãos possível. Convém esclarecer que este é um objetivo francamente mal direcionado e não deve ser a nossa prioridade.
Este jogador pode tornar-se extremamente incomodo. Uma das formas de lidar com ele é, sempre que possível realizar um raise à frente dele tornando mais provável que ele faça Fold. Evitar bluffs e mesmo apostas na rodada final com mãos pouco potentes (incluindo com frequência dois pares em situação debilitada, batíveis por outros dois pares melhores, por uma trinca, por um straight ou por um flush).


Se o jogador for do estilo que realizar uma aposta no final da rodada sem apostas podemos pontualmente realizar um check-raise com uma mão potente ou ainda se pretendem realizar o semi-bluff com overcards. Um dos efeitos possível é o de o levar a foldar (pouco provável, admitamos), outro é de obterem uma free-card estando fora de posição (provavelmente mais útil com este fim e a aplicar se pretendem jogar as vossas overcards até ao fim num heads-up com ele, eventualmente). Mas como disse é uma jogada a realizar apenas pontualmente ou perderá a sua força e eficácia.

Ainda na linha do fancy-playing, outra possível jogada é o duplo check-raise (realizado quer no Flop quer no Turn) mas que se justifica apenas com mãos mais potentes ou quando começaram com um semi-bluff e vimos a mão melhorar no turn, se nos parece que o jogador pode apostar no Turn. O outro jogador pode realizar o bet em duas ou três circunstâncias: se tenta aproveitar todas as oportunidades; se o board se tornou perigoso e aquele interpreta o nosso check com receio pela mesa (o caso mais habitual é o de 3 cartas suited na mesa, você com Flush e a tentar simular medo do Flush); ou ainda se ele interpretou o nosso check-raise como um bluff no Flop (não sabendo ele que se tratava de um semi-bluff e acabamos de melhorar a mão).

Estas abordagens têm como objetivo fazê-lo pagar caro pelos seus erros , extraindo o mais possível das mãos que nos parece estarem em vantagem mas também minimizando o que colocam na mesa quando a nossa mão, ainda que forte no pré-flop, se tornou bastante frágil e batível até por um par de cartas medíocres.

E se há jogador que joga cartas medíocres até ao fim... esse jogador é o Calling Station ou "pagador".


Pense um pouco tambem nos seus pagamentos teimosos durante uma mão, perseguindo flops em busca da carta salvadora, será que não nos fazemos de Paadores em varios momentos? pense nisso e corrija!

Abs.

Inteligência Emocional


POR JONH VORHAUS

À primeira vista, inteligência emocional pode parecer um paradoxo, como caos organizado ou memória esquecível. Afinal, inteligência diz respeito ao intelecto, e emoção, ao instinto.


Mas para ser um jogador de sucesso, você deve ser capaz de usar seu intelecto para monitorar seu instinto. Inteligência emocional, portanto, é a consciência de sua consciência. Um jogador de poker com alta inteligência emocional é capaz de reconhecer suas forças e fraquezas de forma franca e honesta, com aceitação, e sem entrar em desespero (inteligência emocional também se estende à sua “consciência do outro”: em outras palavras, leituras – mas essa é uma discussão para outra hora).


Para lhe ajudar a testar sua inteligência emocional, apresentarei algumas situações de poker, e farei duas perguntas:

Isso já aconteceu com você?

Como você se sentiu na hora?


Não há medidores para esse questionário, nenhuma folha de respostas, nem notas. Para passar no teste, tudo que você tem que fazer é responder – mas responder de verdade. Pense muito se essas situações já se aplicaram a você. Se não, parabéns.


Mas se estou apontando algo que você já fez uma ou duas vezes (ou mais), peço-lhe para utilizar isso como uma oportunidade para aprofundar a consciência de sua consciência. Faça isso sem julgamentos e sem culpa, porque o primeiro passo para consertamos nossos erros é aceitá-los. Pergunte a Andy Black.


Situação Um: Você está jogando poker online há algumas horas em um MTT, e as coisas não estão indo muito bem. Você fez mais rebuys do que gostaria, e nunca conseguiu construir um grande stack. Não conseguindo deslanchar no torneio, você finalmente foi eliminado – não por uma bad beat, mas por uma má decisão. Agora está tarde, e você está mentalmente exausto. Você sabe que não está jogando o melhor que consegue, mas ainda pode sentir o amargo da derrota, então corre para um sit-and-go ou um cash game e começa a dobrar ou triplicar suas perdas.


Situação Dois: Você está em um cash game e está indo bem. O baralho está sendo extremamente generoso e você está em um ótimo momento. Você se sente ótimo, como se fosse invencível. Não só quer que o sentimento dure para sempre, como está convencido de que vai durar. Como um jogador de golfe que finalmente encontrou a forma perfeita de dar a tacada, você acredita que você “solucionou” o poker. Então empurra com qualquer pequena vantagem que tiver – ou às vezes nenhuma – e acaba perdendo a maior parte do que ganhou.


Situação Três: Você está jogando contra um oponente que sabe ser mais fraco. Ele toma decisões claramente ruins, e você não sabe por que não está levando todo o seu dinheiro – mas não está. Sortudo como é, ele continua jogando de forma horrível e ganhando pote atrás de pote. Quanto mais você joga contra ele, mais nervoso fica, até que sua motivação primordial para jogar deixa de ser ganhar dinheiro, mas fazer o maldito sortudo pagar caro.


Situação Quatro: Você está em um jogo de poker e não consegue sair do lugar. Está mais do que tiltado, mas não dá conta de sair da mesa. Parece ter alguma força sobrenatural (alguns chamam de cola de cadeira) mantendo-o em seu assento. Mais cedo, você achou que iria jogar só até melhorar, mas passou desse ponto agora. Você não vai parar até que esteja quebrado.


Situação Cinco: Você não ia jogar poker. Tinha outras coisas para fazer em casa, no computador ou no mundo, mas algo lhe empurrou para o jogo. Talvez você tenha considerado a escolha entre jogar poker e fazer outra coisa, ou talvez seus pensamentos não tenham chegado tão longe. De qualquer forma, aqui está você, jogando poker, como se isso fosse a única coisa que quisesse fazer na vida.


Alguma dessas situações já aconteceu com você?

Como você se sentiu na hora?


Lembre-se, eu realmente quero que você pense a respeito desses momentos, articule-os para si mesmo, talvez até que escreva uma frase descrevendo-os. E quando terminar de fazer isso, pense sobre situações que eu não descrevi. Pense sobre qualquer momento em que você explodiu em um jogo de poker, ou ficou tempo demais, ou jogou errado sabendo que estava jogando errado.


Veja se consegue identificar o porquê. Andy Black disse que dedica quatro horas por dia acertando sua mente. O mínimo que nós podemos fazer é investir alguns momentos de consideração, creio eu.Veja bem, não estou querendo dizer que nos falta controle em geral. Na maior parte do tempo, começamos quando queremos começar, paramos quando queremos parar, e jogamos como queremos jogar. Mas a maior parte do tempo não é o bastante.


Poker de sucesso requer disciplina, e disciplina começa e termina com consciência. Quanto melhor você se conhecer, e mais puder pensar em si mesmo com franqueza e honestidade, melhor será seu jogo, absolutamente.


A boa notícia é que inteligência emocional é algo que você pode praticar e dominar, como qualquer outro aspecto de seu jogo.Seja quem você é. Não há nada de errado com isso. Divirta-se com seu poker. Tenha paixão por ele, ainda. Quando estiver se sentindo feliz, vá em frente e seja feliz. Quando estiver para baixo, vá em frente e fique pra baixo. Mas em todas as ocasiões, e todo o tempo, tente observar o que está sentindo.


Não se castigue por suas emoções, mas as reconheça, e limite o impacto negativo que elas têm em suas escolhas.


O verdadeiro jogo de poker é jogado no nível de sentimentos. Se cultivar sua inteligência emocional, suas habilidades de poker (e de vida) e lucros tomarão conta de si mesmos.




Dica super interessante


Para quem esta começando e sem $$, sugiro uma visita no projeto desses Brasileiros...

A ideia ja esta na 7 turma e vale muito a pena o estudo e trabalho...de uma explorada no site e conheça o projeto.


Eu ja postei aqui, mas como temos varios visitantes novos, estou retornando ao assunto:



Christian C.K. Kruel Entra Equipa Professional do Full Tilt Poker

Em 12 de Dezembro de 2007 eu escrevia o post abaixo, na época sentia necessidade de "desabafar" sobre uns impropérios que eu havia lido sobre o nosso mais importante jogador brasileiro - C.K.
Hoje exatos oito meses depois, eu tenho o prazer de publicar no blog o reconhecimento que uma das maiores GRIFES do poker Mundial acaba de efetuar.
A Equipe do Full tilt acaba de reforçar de forma espetacular o seu time, contratando Cristhian Kruel, para compor um dos mais talentosos times de poker do mundo.
Acho que falar agora é muito facil, alguns sites e Blogs estarão dando o devido reconhecimento, eu porém só vou republicar o que escrevi antes, pois como um bom torcedor...
EU JA SABIA !!!!!!
Valeu C.K. Parabens!!!
Nesse país é incrível a ingratidão e a memória curta da população.

Normalmente eu não escrevo muito minhas opiniões nesse blog, a idéia é sempre buscar as idéias e informações de pessoas que conhecem o Poker, muiiiitooo melhor do que eu, armazenar e compartilhar essas informações preciosas, para futuro estudo.

Porém, com o que venho presenciando na mídia sobre a pessoa do Christian Kruel me leva a escrever essa pequena Reflexão.

O nosso país é carente de modelos.

Sempre que aparecem esses seres humanos excepcionais, realmente “pontos fora da Curva”, são elevados imediatamente a condições de deuses pela população carente de modelos e sempre deverão corresponder a essa imagem, nunca mais poderão falhar, nunca mais poderão ter a menor oscilação nos seus feitos, sempre devem gozar da perfeição.

Esquecemos-nos que essas pessoas são seres humanos, que superaram as expectativas, foram alem do normal, estudaram, se dedicaram, porém ainda são seres humanos e terão com certeza oscilações e momentos difíceis a serem superados.

Normalmente esses exemplos de pessoas devem inspirar outros, abrem caminhos inexplorados e com certeza querem ser superados, pois o seu feito não esta no que alcançou ou fez e sim no abrir os olhos aos “comuns” de que era possível transpor as barreiras impostas pela vida.

Vejo as pessoas criticando o Guga que não ganha nenhuma partida, PELO AMOR DE DEUS, o cara SIMPLESMENTE foi o numero 1 do MUNDO!!!! Ganhou 3 vezes Roland Garros...Como podemos esquecer isso e chegar ao cúmulo de critica-lo ?
E o que ele fez fora das quadras então ? sem comentários ...

Vejo pessoas criticando o Ronaldo Fenômeno, o cara simplesmente superou uma lesão no joelho, destruir na copa do mundo, e foi eleito jogador do ano...

Outro exemplo no mesmo caminho a Seleção de PRATA do vôlei masculino, se não fosse aqueles caras, nunca seriamos a potencia que somos hoje nesse esporte...

E o motivo de escrever essa reflexão é que baseados nos nomes acima, monstros dos esportes em que atuam e também na mídia geral, vejo os mesmos brasileiros carentes de ídolos, criticarem o Raul e o CK no mundo do Poker ...

Como podemos fazer isso? Com que direito ? Simplesmente sem noção nenhuma...

Eu não tenho procuração e nem ao menos tive o prazer de conhece-los pessoalmente, porem nesse espaço, coloco a minha opinião, esses caras REVOLUCIONARAM o JOGO DE POKER no Brasil.

Abriram uma porteira sem tamanho se expondo na mídia, dizendo em alto e bom som que estão vivendo do resultado financeiro de jogar cartas ... E que não pertencem a nenhuma máfia ou mundo obscuros do crime...hehehehe.
Sabe o que é isso nesse País preconceituoso? ?

Alem disso, quem antes deles, teve e disponibilizou informações de como melhorar o jogo, compartilhou vitórias, e aprendizados nas derrotas com pessoas que nunca haviam conhecido, quem pode dizer que não leu e aplicou um dos artigos escritos por eles...

Quem tem 2 ou 3 anos no poker sabe que o portal “Clube do poker” totalmente em português, numa nação que não consegue nem escrever direito, quanto mais ler os artigos em inglês, foi algo que facilitou em muito a vida desses mesmos, que agora tem coragem de esquecer o passado e abrir a boca para falar bobagens.

Arrisco dizer que qualquer outro site ou blog nacional teve como inspiração o que esses dois jogadores fizeram no inicio da carreira.

O valor de pessoas como Guga, CK, Raul, Ronaldo, Bernardinho, Montanaro, Airton Sena, e tantos outros que se colocaram como exemplo a serem seguidos, não esta nos resultados e sim na atitude de movimentar a história e motivar os outros a voarem mais alto e nadar contra a maré.

Alias lembre-se de que os peixes que nadam a favor da maré são peixes mortos.

Gostaria de deixar registrado aqui o meu muito Obrigado ao que o CK e o Raul Fizeram pelo Poker Brasileiro

Pense nisso,
Alexandre Antunes
AalepoKKer ...