Vamos novamente viajar literalmente na maionese...


Com o fim dos jogos olímpicos aproximando e o nosso quadro de medalhas definindo, podemos observar alguns pontos interessantes:

No Brasil realmente é difícil viver de esporte.
O que me deixa mais irritado são os comentários feitos pelos repórteres das rádios e televisões, como se a frustração - dele repórter – pudesse ser despejada nos microfones e ouvidos dos telespectadores ou nos olhos dos leitores.

Ontem com o salto do Gregório foi hilário, ao efetuar o primeiro salto, o repórter elogiava, dizia que fora impressionante o primeiro salto, que Gregório estava apenas começando, que estava sentindo a pista...bla, bla, bla!

À medida que o saltador brasileiro não melhorava a marca, as criticas começaram e o brasileiro passou de fantástico a decepção em poucos minutos.

A mesma coisa aconteceu com a garota que iria saltar com a vara, simplesmente acabaram com a olimpíada da garota, e tem repórter dizendo que ela foi decepcionante.

Hoje ao conquistar o ouro (parabéns a Maurrem) o infeliz repórter diz o seguinte em sua nota na pagina do UOL:
“Fabiana Murer falhou na final do salto com vara. Jadel Gregório voltou a decepcionar na decisão olímpica do salto triplo. Coube então a Maurren Maggi salvar o atletismo brasileiro.”


Como podemos ser tão cruéis ao criticar as pessoas que sobressaem , como podemos falar das meninas da ginástica olímpica, sendo que esse país não tem nenhuma tradição nesses esportes, como podemos falar de pessoas que deixar de lado vidas pessoais, para correr atrás de sonhos sem ao menos receber apoio (R$) do nosso governo.
Vide materia do que ocorre com a vila olímpica, utilizada no Pan do Rio de janeiro.Totalmente abandonada, sem cuidado, sem organização.
Fizemos um Pan para “inglês ver” e colhemos os frutos (acredito que as empreiteiras devem estar sorrindo) e pior criamos expectativa com resultados no Pan , para chegarmos a olimpíada e abafar.
Sim realmente se analisarmos o quadro de medalhas e comparar com países vizinhos, verificamos melhoras, se comparado com a equipe “B” que os americanos enviaram para o Pan, podemos dizer que estamos bem...

Agora dizer que fomos frustrantes ou que os atletas decepcionaram é muito.

De todos os esportes que fomos representados, acredito que os atletas estão de parabéns, pois fizeram o melhor e não devem nada a esses ‘entendidos’ que criticam e fazem comparação descabida, sem ao menos ter a condição de lançar um martelo ou mesmo correr 10 metros.

Poderíamos ao menos “criticar o futebol” que é um esporte de tradição desse país, e mesmo essa critica seria direcionada aos dirigentes e treinador, não aos jogadores .
Mas não, somos obrigados a aturar os dirigentes colocarem um coitado como o Dunga, que nunca foi treinador de nada (nem ao menos jogou bem) a dirigir uma equipe tentando ganhar algo inédito. Mas isso não, os repórteres entendidos preferem chamar o “Bronze” de consolo e dizer que o que as meninas da ginástica, do atletismo, do futebol feminino, etc... “Voltaram a decepcionar”.

Cada vez mais eu me irrito com esses entendidos, e para não deixar de falar do poker, são esses mesmos “entendidos”, que colocam pautas em suas matérias dizendo que o poker é um jogo de exploração financeira, que é vicio, que pode acabar com a família, enfim são os mesmos que criticam os brasileiros nas olimpíadas, que acabam ajudando a não liberar o nosso esporte preferido.

Na minha modesta opinião quem voltar a decepciona são os que escrevem diminuindo o feito de participarmos de um evento como a Olimpíada, hipócritas, que acham que podem escrever ou falar algo sobre a perfonce de pessoas que são vencedoras.
Sendo mais pesado, esses frustrados que não conseguiram nada na vida, escrevem e falar de forma ao reduzir o feito dos atletas, apagar um pouco a sua própria incapacidade.

Gostaria de ver qualquer um deles praticando algo...